Diversidad socioproductiva y comercial de la horticultura sanjuanina

Abstract

Esta tesis busca generar insumos empíricos y reflexiones conceptuales para contribuir al debate que existe actualmente acerca de cómo producir alimentos y cómo hacerlos asequibles para la población actual y para los 9 mil millones que se estima que seremos para 2050, teniendo en cuenta que el incremento poblacional con la concatenada necesidad de consumo ocurrirá, mayoritariamente, en los denominados “países en desarrollo”, que el deterioro medioambiental es cada vez más alarmante y que el avance urbano sobre tierras agrícolas y forestales parece no encontrar freno a pesar de los esfuerzos realizados hasta el momento. Realizamos una caracterización de tres modos de producir y comercializar de los horticultores sanjuaninos en un doble sentido; esto es, cómo se construyen los circuitos de comercialización para cada modo de producir y, a su vez, de qué manera la forma de comercializar condiciona el modo de producir. Los tres modos seleccionados son la producción de hortalizas para ser vendidas en fresco en mercados concentradores, la producción de hortalizas para ser vendidas como materia prima a la industria y la producción de hortalizas para ser vendidas en fresco o con valor agregado en circuitos alternativos de comercialización. Estos tres modos, que suponen como condición sine qua non procesos organizativos, representan un abanico diverso de las prácticas hortícolas desde la producción industrial hasta la artesanal y desde un circuito largo e internacional hasta uno alternativo y localizado de comercialización. A través de la construcción de una estrategia cuantitativa y cualitativa de estudio, el resultado que obtenemos es una caracterización de la estructura y de la evolución socio productiva y comercial de la horticultura sanjuanina demostrando que entender el aspecto indisoluble de la diada producción-comercialización nos permite conferirle conceptual y políticamente una identidad a cada uno de los casos estudiados.

This thesis aims at generating empirical inputs and conceptual reflections as a means to contribute to the current debate about how to produce food and how to make it affordable for the present population and for the estimated 9 billion people we will be by 2050, taking into account that the expected growth of population increase as well as its associated consumption needs will mostly take place in the so-called “developing countries”, that the environmental deterioration is increasingly alarming and that the advance of urbanization process on agricultural and forest lands seems to find no contention, despite the efforts made so far. We characterize – in a double sense - three ways through which San Juan horticulturists produce and commercialize vegetables; i.e., how the marketing circuits are built for each mode of producing and, in turn, how it is that marketing modes affect the mode of producing. The three selected modes of producing vegetables are: to be sold fresh in concentrating markets, to be sold as raw materials for industrial processing and to be sold fresh or with added value in alternative marketing circuits. These three modes – which imply the implementation specific organizational processes as sine qua non condition - represent a diverse gamma of horticultural practices, ranging from industrial to handcrafted production and from a long and international circuit to an alternative situated marketing circuit. By combining a quantitative and qualitative research strategy, the result we obtain is a characterization of both the structure and the socio-productive and commercial evolution of San Juan horticulture, thus demonstrating that understanding the indissoluble aspect of the production-marketing dyad enables us to confer a conceptual and political identity to each of the cases studied.

Esta tese busca gerar insumos empíricos e reflexões conceituais para contribuir com o debate atual sobre como produzir alimentos e como torná-los acessíveis para a população presente e para os estimados 9 bilhões de pessoas que seremos até 2050, tendo em conta que o aumento populacional - e a necessidade concatenada de consumo - ocorrerá, maioritariamente, nos chamados “países em desenvolvimento”, que a deterioração ambiental é cada vez mais alarmante e que o avanço urbano sobre terras agrícolas e florestais parece não encontrar travões ... apesar dos esforços feitos até agora. Realizamos uma caracterização de três formas de produção e comercialização dos horticultores do San Juan em duplo sentido, o seja, como se constroem os circuitos de comercialização para cada forma de produzir e, por sua vez, como a forma de comercializar condiciona a forma de produzir. As três modalidades selecionadas são a produção de vegetais para serem vendidos frescos em mercados concentradores, a produção de vegetais para serem vendidos como matéria-prima à indústria e a produção de vegetais para serem vendidos frescos ou com valor acrescentado em circuitos alternativos de comercialização. Estes três modos - que assumem os processos organizacionais como condição sine qua non - representam uma gama diversificada de práticas hortícolas, desde a produção industrial à artesanal e de um circuito longo e internacional a um circuito de comercialização alternativo e localizado. Através da construção de uma estratégia quantitativa e qualitativa de pesquisa, o resultado que obtemos é uma caracterização da estrutura e da evolução socioprodutiva e comercial da horticultura San Juan, demonstrando que a compreensão da qualidade indissolúvel da díade produção-comercialização nos permite conferir conceitualmente e politicamente uma identidade para cada um dos casos estudados.